terça-feira, 24 de março de 2009

Os 5 empenos reeditados, versão 2009

Pois é, os suspeitos são os do costume.

Vão ser 84 km a rondar os 2300 de acumulado, mas feitos sem stress na companhia de gente boa. Um espectáculo dirão uns, uma canseira dirão outros, ui ui dirão os que não têm coragem para vir.

O início está marcado para as 9.30 no mesmo local do ano passado.

Vamos fazer uma paragem em Vila de Rei para comer qualquer coisa. O resto da comida, cada um leva a sua. A água há muita pelo caminho.

No final há banhos e o jantar com a qualidade habitual.

Fica o vídeo do ano passado porque é sempre bom recordar um dia dos bons.



Até Sábado.

sexta-feira, 13 de março de 2009

O Ladário aqui tão perto...

Há já algum tempo que andava com vontade de ir conhecer o Ladário. Havia visto algumas fotografias que me tinham aberto o apetite e queria verificar pelos meus próprios olhos. O que tinha visto, parecia uma mistura de Gerês (com grandes penedos de granito) com a Freita onde a pedra e os percursos técnicos abundavam. Mas algo assim aqui tão perto (leia-se Aveiro) parecia-me estranho, ainda mais porque a partida era de Sernada do Vouga, onde o eucalipto abunda e a paisagem não é nada de especial.
Levei comigo duas barras e três artolas, eram eles o Hernâni, o João e o Pedro.
O início foi feito pela ciclovia, antiga linha do Vouga que nos levou por alguns quilómetros até Paradela onde entrámos na terra. Um pouco mais à frente passámos em Cedrim, onde uma inclinada calçada romana esperava por nós. Em poucos quilómetros a paisagem começava a mudar de um castanho tristonho para um verde fresco.
Começaram aqui os problemas de transmissão do Hernâni, bem como uma crise de nervos.
Entretanto numa tentativa de acalmar o homem, segui algum tempo com a sua Santa a ver se conseguia afinar aquilo qualquer coisa. Melhorou, mas não resolveu completamente. Ainda assim lá seguimos serra acima até à aldeia de Castêlo. Não vimos vivalma, mas em contrapartida vimos inumeras acácias com a sua peculiar flor amarela.
Continuámos a subida até à casa do Guarda. A partir daí esperávam-nos algumas subidas bem técnicas com muita pedra mas que se apresentaram como um desafio bem interessante.
Em menos de nada chegávamos là acima ao alto do Ladário. Aí deu para ver que muito por ali haveria para explorar. Hei-de lá regressar com mais calma, que aquilo merece.
Começamos a descida para Lameiro Longo, descida muito técnica onde as pedras abundavam, obrigando a atenção redobrada. Após duas ou três descidas das boas, a crise de nervos do Hernâni agudizava-se agora, porque ao mau funcionamento da transmissão juntava-se agora o da suspensão que não amortecia nada.
O mistério ficou resolvido com a pergunta -tu bloqueaste a suspensão lá atrás? É verdade havia-me esquecido completamente desse facto e de o avisar disso. Afinal o homem está com uma técnica apuradíssima.
Continuámos a descida (agora mais confortavelmente) até Silveira. A partir daí, entrámos nos caminhos habituais que nos levariam até Sernada.
Confesso que o Ladário me surpreendeu, pela beleza local, pela paisagem e pela diversidade de pisos que por lá se encontram.
Hei-de lá voltar, ah pois é...